A CARDANTEC TE AJUDA COM ALGUMAS QUESTÕES SOBRE CARDANS

Para escolher corretamente o tipo de eixo cardan indicado para determinado equipamento e que esteja de acordo com a operação designada, é sempre aconselhado antes de tudo consultar um orçamento.

Mas alguns aspectos podem adiantar essa definição, como: fatores de serviço, potência do motor, rotação de trabalho, ângulo máximo de trabalho e comprimento do cardan.

A função básica do eixo cardan é transmitir a energia gerada pelo motor para o eixo diferencial, e, por sua vez, o eixo diferencia irá transmitir esta energia recebida do eixo cardan para as rodas.

Pode até parecer uma tarefa simples, porém não é nada fácil. Em terrenos irregulares, o eixo traseiro balança muito, e a força tem que continuar chegando as rodas sem perda de potência.

A princípio, parece um cano comprido, as vezes apoiado num suporte (mancal) e que fica o tempo todo debaixo do caminhão ou ônibus.

Nas extremidades desse tubo existem conexões chamadas de juntas universais, onde estão as cruzetas.

São as cruzetas que dão as cardans a capacidade de transmitir a força do motor para o eixo diferencial em diversos ângulos.

Além de transmitir a força em ângulo, permitindo pelas juntas universais, o cardan também precisa ter a capacidade de encolher e expandir, conforme a oscilação vertical do eixo deferencial.

E para isso, o conjunto de luvas e ponteiras (ou pontuvas e luveiras) localizado no meio do cardan é que permite este movimento.

Para eixo que trabalha 24 horas, é aconselhável fazer manutenção preventiva detalhada de todos os componentes a cada seis meses. Sugere-se manutenção preditiva a cada 20 dias de operações para regime de 24 horas.

Durante a operação, deve-se observar o comportamento do eixo cardan e notando-se alguma anormalidade como ruídos estranhos ao funcionamento do equipamento, deve-se parar e analisar as possíveis causas.

Deve-se analisar copinho-olhal, flange-acoplamento, parafusos e porcas e principalmente conjunto deslizante para verificar se não há possíveis folgas. Os eixos cardans requerem lubrificação de seus componentes.

O período para lubrificação irá depender do das condições gerais de trabalho e aplicação do eixo cardan. Recomenda-se que a lubrificação seja feita de 30 em 30 dias para regime 24 horas e de 60 em 60 dias para regime de 8 horas.

A lubrificação deve ser efetuada em todos os pontos de lubrificação até que a graxa nova purgue pelos retentores e respiros. Para aplicações em ambientes normais recomenda-se a utilização da graxa tipo EP2 com base de sabão complexo de lítio.

Para ambientes onde a temperatura é elevada e existe a possibilidade de contaminação da graxa por água ou outras condições que não permitem a utilização da graxa EP2 recomenda-se consultar o fabricante. 3.3

As vibrações estão associadas a inúmeras causas, dentre as mais que se destacam estão:

Desalinhamento do eixo cardan;

Rotação fora do especificado no projeto; Desalinhamento dinâmico;

Picos de tensão no funcionamento;

No surgimento de qualquer um destes problemas, as vibrações no eixo cardan serão excessivas, neste caso é necessário parar o equipamento para que possa ser feito uma análise ou até mesmo uma manutenção preventiva no conjunto, a fim de eliminar as vibrações.

O alinhamento de cardans, além de ser recomendado, é muito importante para a segurança na operação do veículo ou equipamento.

O sistema de transmissão deverá trabalhar sem vibrações, caso contrário ocorrerá desgaste dos componentes, podendo danificar ainda cambio e diferencial do veículo.

O balanceamento de cardans é recomendado quando é feita a troca de componentes. Este serviço tem como objetivo corrigir as variações de peso entre as peças novas e as que já existiam no eixo cardan, mantendo as extremidades equilibradas, evitando assim possíveis vibrações.

Para executar um balanceamento de cardans os mesmos são colocados em uma balanceadora eletrônica, que indicará o local e o contrapeso ideal para que o eixo cardan opere estabilizado.

A CARDANTEC possui equipe e equipamentos especializados na execução destes serviços com total garantia de qualidade.

É recomendável procurar uma oficina de confiança para dar um diagnóstico mais preciso pelo menos uma vez por ano.

Mas o próprio motorista deve ficar de olho e não deixar de lubrificar com graxa correta e de alta qualidade.

Como o eixo cardan se encontra na parte inferior, exposto diretamente ao atrito com solos irregulares e substâncias contaminantes, é recomendado que o operador se mantenha atento aos indicadores de avaria.

Qualquer alteração no funcionamento normal do eixo cardan pode ser detectada por meio de ruídos e vibrações anormais. A vibração, mesmo que leve, é um dos principais indícios da necessidade de reaperto, troca de um componente de desgaste ou alinhamento no eixo.

No caso de ruídos, é mais difícil identificar a peça que está com problemas, porém é um indicador de que componentes do eixo estão gastos, desalinhados ou até fundidos.

A cruzeta, por exemplo, responsável pela transmissão do torque e angulação do sistema, é uma peça de desgaste que – quando danificada – pode apresentar ruídos e resíduos de pó de ferro. Ao se notar alguma avaria nesse componente, é necessário levar a máquina a uma oficina ou estacioná-la em um local seguro, até que um técnico especializado retire e verifique o componente.

Além de ser uma peça pesada, o eixo cardan pode atingir temperaturas altíssimas em operação inadequada.

Portanto, não é indicado manuseá-lo sem o conhecimento técnico necessário ou mesmo sem a utilização de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), como luvas, capacete e óculos de proteção. Mesmo na ausência de problemas, é aconselhável criar um plano de manutenção do eixo, juntamente com os outros componentes da máquina que dependam dele.

Em casos mais críticos, como quebra ou reforma da peça para adequação, é necessário substituir o cardan. Porém, especialistas afirmam que em 95% dos casos a substituição do conjunto acaba não ocorrendo, pois, os clientes invariavelmente optam por sua manutenção/recuperação, que chega a custar até 60% menos que um conjunto novo. Por isso, quando a opção for pela manutenção do conjunto danificado, será necessário que a oficina escolhida tenha estrutura e maquinário adequados para efetuar todos os processos de inspeção, manutenção, alinhamento e balanceamento dos eixos, além de mecânicos treinados, que executem o trabalho de acordo com os requisitos de qualidade.

Outra questão que precisa ser levada em consideração é o tempo de manutenção, já que uma máquina ociosa acaba trazendo prejuízos também à operação do usuário.